O ser humano é capaz de qualquer coisa, até mesmo atirando pedras em seu próprio teto. Nesta frase pode-se definir a história do "lago assassino" de Huelva. Uma enorme lagoa localizada na cidade de Puebla de Guzman, na Espanha, que faz parte de uma antiga mina abandonada. Até agora, tudo parece normal, mas este lago não é apelidado de "assassino" por acaso.
Um lago prejudicial
Normalmente, os lagos são definidos como formações naturais espetaculares em que a fauna e a flora se unem para formar um ambiente único. Um lugar onde você pode desfrutar da natureza em sua forma mais pura e onde você pode esquecer o estresse da cidade. Todo lago em condições normais pode ser definido por meio dessas palavras, algo que não acontece com o "lago assassino" de Huelva. Uma formação artificial pertencente a uma antiga mina de ferro que poderia explodir a qualquer momento, causando sérias perdas, tanto materiais como humanas.
O motivo pelo qual este lago é tão perigoso é baseado no acúmulo de grandes quantidades de dióxido de carbono por vários anos. Uma situação produzida principalmente pela ação de seres humanos que encerra em suas profundidades mais de 80 mil metros cúbicos desse gás prejudicial. Sem dúvida, um risco intolerável que poderia vir à superfície a qualquer momento por meio de uma nuvem letal que termina com tudo o que encontrar seu caminho.
Um caso único na Europa
Deve-se notar que não há histórico deste tipo de acontecimento no continente europeu. Para poder comparar este lago de Huelva com algum outro caso, temos que se transportar até o ano de 1986, quando uma enorme represa de água nos Camarões, de características semelhantes, expulsou uma nuvem letal que acabou com a vida de mais de 1.700 pessoas.
Depois de ser indicado pela revista Science of the Total Environment como um "risco iminente no ar", e após as palavras do estudo que indicam que "a situação atual não pode ser considerada segura", a Junta de Andalucía decidiu agir para resolver o problema, para que todos de Huelva sejam capazez de respirarem calmamente a partir de agora. Foi criado um programa de extração segura de CO2 do fundo do lago, implementado através de um sistema organizado pelo Instituto Geológico e Minero da Espanha (IGME). Um trabalho que durou cinco meses e acabou com a história do "lago assassino".
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